quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Let's visit London!

Nem acredito que tá 7º lá fora. Parece brincadeira, mas vocês não imaginam como essa temperatura já faz diferença aqui. Fica agradável até, nem preciso usar luvas pra sair! A temperatura aumentou assim porque choveu a noite inteira e um pouco durante o dia; enquanto no Brasil, quando chove, refresca um pouco quando é verão.
Bom, já tem um tempinho que não escrevo aqui, mas é porque as vezes não acontece muita coisa num dia e resolvo esperar mais um pouco pra escrever tudo de uma vez.
Odeon Cinema
Domingo fui assistir "As Crônicas de Nárnia: A viagem do Peregrino da Alvorada" em 3D. Um roubo! Como estudante, paguei 8,40 libras, o que dá quase 18 reais. No Brasil, também como estudante, pago 9 reais pelo mesmo 3D. Anyway, o filme é muito bom e o Ben Barnes ta muito lindo interpretanto prince Caspian pela segunda vez; quase não o reconheci com aquela barbinha linda. Fiquei muito orgulhosa de mim porque o filme era em inglês e sem legendas, é claro, e entendi tudinho!
Westminster Abbey
Segunda-feira, minha outra prima, Laura, estava de folga no trabalho. Ela trabalha numa confeitaria francesa chamada Paul's, que vende coisas deliciosas. Para aproveitar o dia, fizemos um mini tour por Londres. Descemos próximo ao Big Ben, consequentemente, próximo ao Parlamento inglês e ao London Eye. Seguimos em frente e encontramos dois guardas da rainha, montados em cavalos, em frente a um portão. Não atravessamos, mas se seguíssemos por lá, encontrarámos o St. James Park e mais atrás o Buckigham Palace. Ok, outro dia irei com mais calma. Fora que já passei na frente dele de carro, mas de perto é outra coisa.
Eu queria ir à Westminster Abbey, uma igreja linda em estilo gótico, datada do ano 616 d.C. Lá dentro estão os túmulos de: Sir Isaac Newton, William Shakespeare, Charles Darwin, o rei Henrique III e alguns outros membros da realeza. Só que pra entrar era 15 libras. No waaay, pelo menos por agora. Se no final da viagem eu estiver com dinheiro sobrando, ai sim irei.
Passamos em Trafalgar Square, no centro da cidade, uma praça enorme com várias estátuas de leões. Famosíssima! Depois fomos para Leicester Square e terminamos em Camden Town Market, um lugar onde se encontra de tudo. Laura me disse que no braço de rio que corta o lugar era onde muitos corpos foram jogados durante as Grande Guerras. Ele estava cogelado, by the way.



Lá, passamos por outra desventura, porque Laura foi procurar o blackberry dela e ele havia sumido. Ou ela deixou cair em algum lugar ou alguma mão leve fez um trabalho sujo. Por conta disso, tive que voltar para casa sozinha, de ônibus; ela ficou por lá tentando encontrá-lo e eu precisava retornar o quanto antes, para comprar umas coisinhas que havia reservado na Argos: meu notebook, do meu pai e um conjunto de chapinha e secador.
O dia de ontem foi muito corrido, e tamém um tanto gordo pra mim, já conto o porquê. Tia Leônia e eu havíamos combinado de visitar museus, então acordamos cedo, para aproveitarmos o dia enquanto ele ainda estava claro.
Primeiro fomos ao Victoria & Albert Museum, em South Kensington. Ele é incrível, primeiro por conta da arquitetura do prédio e depois pela arte lá dentro. Dividido em partes, viajamos para vários países, várias civilizações: época medieval, romana, países como Japão, Índia, China... passamos a parte da manhã lá dentro.
Para almoçar: McDonald's. Sério, era o mais barato que tinha; e realmente é muito barato, 1 libra pelo McChicken! O resto da rua era composta por restaurantes bem caros.

Esta é a entrada do Victoria & Albert Museum, em South Kensington.
 Estátua do deus Apollo.
 Pagando de turista ao lado de um monumento chinês.
 Estátuas indianas, budistas, sei lá.
 Essas caixas aí embaxo são túmulos de pessoas que não sei quem eram, mas devem ter alguma fama por aqui.
 Estátua da Medusa.
 Carro coberto de cinzas de vulcão, na parte da exposição sobre fogo.
 Entrada do National History Museum.
 Estas pedras estão expostas no museu, junto com muitas outras. São pedras preciosas vindas do Espírito Santo, tive que fotografar e colocar aqui em destaque.
 Como de praxe, todo Museu de História Natural tem que ter um esqueleto de dinossauro enoorme em um dos saguões.
 Estátua em homenagem a Charles Darwin.

A seguir, fomos ao Natural History Museum. Volto a dizer: arquitetura incrível e exposições magníficas também, sobre a história do mundo.
No final do dia, já estava cansadíssima! Mas ainda deu tempo de dar uma olhadinha nas promoções da Harrods, e cheguei a conclusão de que mesmo que a loja interia estivesse em liquidação, ainda assim não teria coragem de gastar meu dinheiro lá. Ok, sou pão-dura mesmo, mas era tudo bem carinho.
Esta loja, até pouco tempo atrás, pertencia aos pais do Dodi, aquele que namorou a Lady Di até o dia de sua morte, e inclusive morreu junto com ele. Por conta disso, tem uma parte de loja que é uma espécie de memorial para os dois, muito lindo! Tem uma fonte em torno de duas fotos deles, e o que me chamou muito a atenção foi que dentro da água haviam muitas moedas, mas eu não enchergava o motivo de elas estrem lá. Segundo minha tia, os ingleses não podem ver um fonte que jogam moedas lá e azem pedidos. Vai entender né.
E hoje saí um pouquinho também, mas foi só para ir ao supermercado. O que meus tios frequentam chama-se ASDA, e as coisas são bem mais baratas em comparação ao Brasil. Pra ter idéia, comprei 2 Kinder Ovo por 1 libra. Fiquei de cara, tinha muito tempo que eu não comia Kinder Ovo porque me recusava a pagar o preço dele em território brasileiro.
Agora vamos ver o que me aguarda amanhã. Prometo que vou postar aqui com mais frequencia, mesmo que sejam coisas bobas.  

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pai Natal chegou!

"Então é Nataaaal e o Ano Novo tambééém, que seja feliz queeem souber o que é o beeem". 
A véspera de Natal chegou e posso dizer que este está sendo o mais diferente de todos. Além de estar em um país diferente, nunca havia passado este momento com meus tios e primas daqui.
Antes de contar sobre a ceia e afins, vou comentar brevemente como passei meu dia hoje. A começar pelo acontecimento mais feliz do dia: minha mala chegooou!!! E foi esta madrugada, by the way, meu melhor presente de Natal. O entregador até deu uma de Papai Noel, porque quando eu disse que estava com peninha dele, por ter que entregar malas durante a madrugada, ele disse "I just wanna make people happy". Que fofo! E estava tudo bem certinho lá dentro.
Falando em Papai Noel, vou aproveitar pra comentar o título do post. Escrevi Pai Natal porque em Portugal é dessa maneira que chamam o Papai Noel. Aqui em casa temos muitas tradições portuguesas, mais a frente explico o porquê.
Hoje, depois do almoço, meus tios e eu fomos à um café português, de uns conhecidos deles. Estava lotado, as pessoas estavam tão animadas. Cantavam e dançavam ao som das músicas típicas. Muito engraçado.
Meu tio é português. Português de verdade. Então ele entrou na brincadeira e minha tia morria de vergonha, queria sair de lá o mais rápido possível. Eu nem estava ligando, tudo isso é muito novo pra mim, então era muito interessante.
Agora vamos falar do Natal. Meu tio trabalha em restaurantes há muito tempo, então ele cozinha maravilhosamente bem. Tivemos entradas, o tradicional peru recheado, além de outras guarnições (aprendi essa palavra no RU). E também sobremesa, é claro: cheesecake e profiteroles. Yummy!
Transmitimos nossa ceia de Natal ao vivo para nossos parentes no Brasil. Foi tão bom ver todo mundo... Já estou morrendo de saudades.
Quanto à troca de presentes, foi uma festa só. Eles me deram um baby doll muito fofo, estojo de maquiagem, uma caixa de bombons belga, £20 e um livro chamado Wuthering Heights, traduzido para português como O Morro dos Ventos Uivantes. Minha tia ganhou o Jane Eyre, romance muito famoso também, que pretendo ler em seguida. Até a Fifi, gatinha daqui de casa, ganhou presentes.
Falando na Fifi, ela é tão fofa, parece um bebê! Lembro da Rebeca (@berrecah) toda hora, por causa dela. Eu nunca fui muito chegada a gatos, mas ela é diferente, muito dengosa. Lembra o jeito da minha cadela Laikinha. Ai que saudades dela!
To com tantas saudades de todo mundo. Da família deu pra matar um pouquinho hoje, mas ainda sinto muita falta dos amigos e do namorado.
Enfim, aqui já passou da meia-noite, desejo à todos um Feliz Natal na graça de Deus. Felicidade, paz e saúde, e todos aqueles outros votos que costumamos fazer todos os anos.

Nossa Christmas tree!

Laura e eu

Tio Abílio

Já pode atacar?

Sobremesas

Turkey

Fifi fofinhaaa

Fifi


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Os primeiros três dias

Finalmente o pior drama ficou no passado. Já estou há 3 dias em Londres e a primeira coisa que posso dizer é que está muito frioooo! Parando pra pensar, acho que apesar de tudo posso me consideram muito sortuda. Não se assustem com essa frase que acabei de escrever, realmente tive muito azar com tudo o que passei em Madri, mas tive sorte por conseguir chegar em Londres na segunda-feira, porque o voo que peguei foi o primeiro e o último a sair naquele dia. Já pensou se não tivesse lugares suficientes nele? Eu teria mais um dia incerto naquela cidade.
Pisei em território inglês e já fui encaminhada à Polícia Federal, para apresentar-me à imigração. Pensava eu que esta seria a pior parte, visto que existem tantas histórias sobre deportações, problemas para passar por lá sem antes te deixarem muito nervosa e estressada. Mas posso dizer que, depois de tudo que me aconteceu, esta parte foi muito simples, mesmo porque eles não encrencaram comigo. Acho que é porque não tenho cara de terrorista. 
Brincadeiras à parte, foi realmente muito simples. Pensei que iam me perguntar sobre dinheiro, sobre a moradia, que daria algum problema porque eu não ficaria em uma casa indicada pela escola e sim na minha tia. Mas nem tocaram nesse assunto. Me perguntaram porque eu estava em Londres, o que ia fazer, quanto tempo ia ficar e se eu tinha a carta de confirmação da escola. Só isso. A moça que falou comigo foi até bem simpática.
A famosa cabine vermelha
Um problema que enfrentei logo que cheguei aqui, e que ainda estou enfrentando, foi com relação à minha mala. Ainda no aeroporto de Madri, me avisaram que minha bagagem se encontrava lá, e chegaria junto comigo da segunda. Mas aparentemente não chegou. Fiquei por duas horas tentando encontrá-la e nada.
Cansada, faminta, implorando por uma cama e imaginando entrar em um carro quentinho para seguir para a casa da minha tia. Foi exatamente desse jeito que pisei no saguão de desembarque do aeroporto de Londres. Mas ver minhas primas e minha tia lá na frente, me esperando, deu-me a sensação de estar em casa, de que o pesadelo finalmente havia terminado.
Bom, quanto ao carro que eu estava esperando, a realidade foi bem diferente: voltaríamos para casa de metrô. Os meus tios tem carro, mas o que acontece é que aqui é muito complicado dirigir. Primeiro porque no inverno o trânsito fica mais caótico ainda, demoraria um século. Depois porque os estacionamentos são uma fortuna, isso quando encontra-se lugar para estacionar. E qualquer errinho no trânsito é sinônimo de multa; aqui todas as ruas são vigiadas, é um big brother mesmo.
Uma hora e meia de metrô e ainda teríamos que andar um pouquinho. Tava um friiiio! Enfrentei ne.
Chinatown
Na terça, eu e minha prima Laura voltamos ao aeroporto para ver se conseguíamos pegar a mala. Nada ainda. Muitas pessoas estavam lá para este mesmo fim, mas os funcionários faziam pouco caso, ninguém dava informação certa. Pediam que ligássemos para um número mas ninguém atendia. Voltamos irritadas e de mãos abanando.
Ontem, quarta-feira, foi o dia que mais saí. Fui almoçar num restaurante japonês em Chinatown, com Alice e tia Leônia; não gosto muito de comida oriental, mas comi mesmo assim. O prato era enooooorme! Depois fomos à Piccadilly Circus, seguido de Oxford St., onde tem lojinhas bem baratas e com coisas muito boas. Comecei a torrar meu dinheiro na Primark. Aqui começa a anoitecer às 16 horas, é muito estranho, parece que você não viveu o dia. E o tempo passa correndo por você.
Londres tem uma arquitetura muito bonita, antiga, mas é tudo muito novo pra mim, qualquer coisinha me chamava a atenção. A decoração de Natal está linda, mas notei que aqui eles não se prendem muito ao cristianismo nessa data, tudo é o consumismo. Na decoração você vê muito mais coisas relacionadas a filmes do que ao nascimento de Jesus. Falando nisso, minha tia falou que aqui está começando uma pequena perseguição aos cristãos.
Outra coisa ruim aqui é que as pessoas não gostam que você fique olhando muito pra elas. Acham que você está encarando, principalmente os negros. Não é preconceito da minha parte não, quem me conhece sabe, só estou relatando o que vejo. Tenho que me controlar, sabem como é turista, curioso com tudo.
Hoje voltei ao aeroporto para ver se conseguia minha mala, mas nada ainda. Disseram que  a entregarão  aqui em casa amanhã, tomara mesmo! Já to ficando craque em chegar no aeroporto, mas não quero ter que voltar lá de novo. Só pra voltar pro Brasil, claro.

Palace Road
Aeroporto de Londres
Aeroporto de Londres
Um funcionário árabe dando barraco na porta de bagagens
Piccadilly Circus

Chinatown
Meu almoço em Chinatown
Os patos assados que o chineses tanto gostam!
Propaganda de Natal de cunho cristão, tão linda!
Oxford St. - atrás os famosos ônibus vermelhos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A primeira desventura

Começarei agora a minha saga em Madri, cidade na qual fui forçada a permanecer por dois dias. Como disse no post anterior, chegou um senhor com uma foto de como Londres se encontrava naquele dia, 18 de dezembro, sábado. Poucos minutos antes do horário de embarque, os monitores já avisavam que o voo IB3176 havia sido cancelado. Entrei em desespero, ainda mais depois que um senhor, com cara de chileno, chegou pra mim e falou que a Iberia, companhia aérea, não ia arrumar novas passagens e nem hospedagem, já que possíveis voos para Londres só sairiam no outro dia pela manhã. Todos se dirigiram para o quiosque de informações da Iberia, próximo ao portão de embarque, formando uma fila enorme.
Com meu emocional já bem abalado, adivinhem qual foi minha primeira reação. Chorei. Chorei muito. Todo mundo que  passava ficava olhando, mas quem disse que eu estava ligando? Só queria botar pra fora todo aquele desespero. Foi então que um senhor muito simpático me emprestou o celular para que eu ligasse pra minha tia e fez de tudo para que eu parasse de chorar.
Uma funcionária da Iberia apareceu e nos deu coordenadas para conseguirmos novas passagens e hospedagem. Já me deixou um pouco mais aliviada, pelo menos isso eu teria. Foi quando eu conheci a Stephanie, una chica colombiana que também estava sozinha. Ela estava vindo para Londres porque o pai mora aqui. A sensação de não se sentir mais só é uma das melhores do mundo!
A comunicação no início foi um pouco complicada: eu entendia bem o que ela falava, mas ela não compreendia nada em português e pouco em inglês. Posso dizer que aprendi muito com ela, comecei com um portunhol forçado e no final já tinha aprendido muitas coisas novas.
Mas voltando à sequência dos fatos, Stephanie e eu acabamos conseguindo outra passagem, para o dia 19 de dezembro, domingo, às 14:45. Também conseguimos hospedagem em um hotel chamado Barajas e como ela tinha menos de 18 anos o pai teve que mandar uma autorização.
Tudo resolvido, pegamos o onibus reservado pela companhia para nos levar seguras até o hotel, com mais muitas pessoas na mesma situação. Só que quando o ônibus parou, não estávamos na frente de nenhum Hotel Barajas e sim do Hotel Tryp Atocha. Pedimos que o motorista do ônibus nos levasse até o hotel certo, mas ele se recusou. Uma coisa dando errada atrás da outra. Como já era noite e fazia muito frio, resolvemos entrar e tentar resolver a situação por lá mesmo. Por fim, depois de muito esperarmos por uma recepcionista lerda, que não sabia muito bem como agir, conseguimos ficar no hotel. Jantamos bem, tomamos um bom banho, até passeamos, mas o frio tava de cortar.
No dia seguinte, após o café da manhã, já deixamos tudo arrumado e fomos esperar o taxi que o aeroporto nos mandaria. Quando estávamos na recepção, uma família americana chegou para se hospedar, explicando que estava indo para Londres mas o voo havia sido cancelado naquele dia. Meu coração chegou a pular. Corri atréas do cara e ele me confirmou que realmente havia sido cancelado, o aeroporto de Londres continuava fechado porque nas pistas havia simplesmente 20 cm de gelo. Os aviões não poderiam pousar.
Mesmo assim, teríamos que voltar ao aeroporto para pegarmos uma nova passagem, mas quanto à hospedagem, já era outra história: a Iberia alegava que não tinha nenhuma culpa sobre o tempo, então não era obrigada a pagar hospedagem por duas vezes.
Stephanie tinha parentes em Madri, um avô e alguns tios, e eu conhecia uma pessoa também, amiga dos meus pais. Mas ela não queria que nos separássemos e nem eu queria ficar sozinha ou sair de perto dela porque eu não falava espanhol muito bem, e lá no aeroporto eles preferiam falar no idioma local, e quando resolviam falar em inglês era um sotaque muito estranho.
Então pegamos um taxi e partimos para a Calle Fernando 'El Catolico', número 50, Centro. No meio do caminho descobri que a Stephanie NÃO CONHECIA o avô! Os pais dela se separaram muito cedo, ela morava com a mãe na Colômbia e este avô era o paterno, com quem ela não teve muito contato, só quando bem pequena. Bom, eu já estava indo para casa de gente desconhecida, e agora havia descoberto que era gente mais desconhecida ainda!
Chegando lá, para a nossa "sorte", descobrimos que a mãe da Stephanie havia nos dado o endereço errado e não havia um orelhão que funcionasse naquele centro. Agora imagina duas garotas, sem saber nem ao menos onde estavam, em um domingo já pronto para anoitecer. Mais desespero. Até que encontramos um telefone que funcionava e ligamos para que o avô dela fosse nos buscar. Daí ocorreu tudo muito bem, e o endereço certo era Calle Fernandez de los Rios, dá pra confundir?
Sabe aquela casa com clima de família unida, bem aconchegante, cheia de crianças? Foi com um lugar assim que eu me deparei quando cheguei lá, bem casa de avós mesmo, avuellos como dizia Stephanie. Todo mundo nos acolheu muito bem, com certa curiosidade e emoção, já que o avô e os tios de Stephanie estavam conhecendo-na quase que como pela primeira vez.
Comemos, tomamos outro bom banho, eu inclusive tomei a liberdade de lavar meu cabelo. Avisei minha tia onde estava, na verdade avisava ela de todos os meus passos, por isso gastei tanto dinheiro no aeroporto. Usar telefone e internet lá era uma pequena fortuna!
Nosso voo sairia cedo, às 8:45, no outro dia, 20 de dezembro, segunda-feira. Precisaríamos acordar as 5 da manhã. O avô combinou o horário com o taxi ainda naquela noite e meu celular faria o trabalho de nos despertar no  horário certo. Os avós foram dormir e eu descobri tarde demais que tinha acabado a bateria do meu celular.
O que aconteceu foi que praticamente não dormimos, ficamos vigiando o horário. Mas levantamos no tempo certo e acabamos saindo sem nos desperdimos do Señor Guillermo Delgado, porque ele não acordou. Muito estranho.
Enfim, chegamos novamente ao aeroporto e esperamos no portão de embarque. Com toda a confusão nos voos de Londres, nossa passagem não tinha lugar marcado, estávamos em Stand By, com muita sorte conseguiriamos lugar para sentar. E até que tivemos alguma sorte dessa vez.
Mas ela não demorou muito a acabar: mal havíamos nos acomodado quando a aeromoça avisou que o avião estava com problemas e não poderia levantar voo. Eu mal podia acreditar. Só queria sair daquele aeroporto, daquela cidade, era pedir muito?
Uma hora depois recomeçaram a nos acomodar em outro avião e finalmente partimos.



Vista da rua em que se localiza o Hotel Tryp Atocha. Falando nisso, muitas coisas naquela rua tinham o nome de Atocha, mas não consegui descobrir o que era. Talvez o nome da própria rua.











Ainda a rua do hotel. Nesta foto inclusive mostra o Burguer King que, confesso, só fui ver na própria foto ;x














Domino's Pizza, em homenagem à @vgvictoria. Era praticamente em frente ao hotel =))











 Esta é uma foto que tirei de dentro do taxi, a caminho do aeroporto. Não faço nem idéia do que seja isso... agora podem me atirar pedras de não ter postado nenhuma foto minha na Espanha, mas a situação que eu estava não era boa não tá. Me sentia horrível, aparência com uma mistura de stress e cansaço.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A partida

Nossa! Quanto tempo sem passar por aqui, mas depois de tudo que me aconteceu nesses 3 dias nem dava pra me concentrar e escrever alguma coisa. Vou começar pela minha partida, no aeroporto de Vitória, no dia 17 de dezembro.
Acordei bem cedo naquele dia, meu voo era as 8:50 da manhã. Terminei de colocar as coisas na mala, as últimas, Usalio, meu namorado, chegou e então partimos para o aeroporto.
Ainda tive a companhia especial de minhas amigas Victoria e Karla, duas fofas que foram se despedir de mim também. Uma despedida carregada de muita choradeira, diga-se de passagem. Como disse a Vix, o aeroporto inundou! Se existe uma coisa difícil nesse mundo é a tal da despedida.
Entrei na sala de embarque chorando, meio desnorteada, foi quando um mineirinho chamado Matheus me convidou para sentar ao lado dele. Conversando com ele, fui me acalmando e também me sentindo um tanto humilhada: o moleque tinha apenas 13 anos e já viajava sozinho há muito tempo, na maior tranquilidade.
O avião atrasou um pouco, mas enfim embarquei. Lá dentro, sentei ao lado de uma senhora chamada Tereza, muito simpática. Quando chegávamos a BH (cidade em que o avião pousaria, mas que eu não precisaria descer), ela me falou ter conhecido uma moça na sala de embarque, que também faria intercâmbio por 3 meses. Assim, ela me apresentou a Bruna que estava indo pra Austrália.
Era tudo que eu precisava, alguém para conversar durante as longas horas de espera antes de embarcar para Madri. Na fila do check-in conheci outra garota que iria para a capital espanhola, mas ao contrário de mim, ela ficaria por lá durante dois dias, seguindo depois para Barcelona. Mas por coincidência do destino, ela também iria pra Londres, estudar na mesma escola que eu. Só me arrependo de não ter guardado melhor no nome dela, ai que vergonha.
Embarcamos para Madri e já vou logo avisando que quem faz vigem internacional pela Iberia soooofre! Não tem conforto algum, eu mesma não preguei o olho a noite inteira. Isso na classe econômica, claro.
Sentei ao lado de um francês, que já mora no Brasil há algum tempo. Muito simpático. E também de um casal de brasileiros em lua de mel.
Desembarcamos mais ou menos umas 6 da manhã, horário de Brasília, e meu voo só sairia a tarde. Passar pela imigração espanhola foi a coisa mais tranquila possível.
O aeroporto de Madri  é realmente muito grande, mas é tão bem sinalizado que nem da pra se perder. Foi muito fácil encontrar o portão de embarque. 
Perto do horário de partida, fui para perto do portão. Foi quando um homem chegou e mostrou uma foto no celular para os funcionários da Ibéria. A imagem era de uma Londres totalmente branca, debaixo de uma camada densa de neve. A cara dos funcionários não era nada boa.
Foi aí que começou todo meu desespero.


No aeroporto de Vitória, com Clarissa, minha irmã mais nova, e minha mãezinha. Nas mãos, o ursinho que ganhei de Natal do meu namorado. Relevem a cara de sono e choro, ao mesmo tempo.
Com as duas amigas fofas Victoria Vix Varejão, mais conhecida com @vgvictoria, e a Karlinha. Fiquei tão feliz com a presença delas!


Com meu amor mais lindo do mundo, que já estou morreeeendo de saudades. Dois chorões!

Com a Bruna, que conheci no avião a caminho de São Paulo. Ótima companhia durante as 5 horas que tivemos de ficar esperando por nossos voos.
O aeroporto de Madri, logo pela manhã já bem movimentado.
McDonald's no aeroporto, não precisa falar muita coisa né.
Burberry, meu sonho (impossível) de consumo!!!
Esta é uma das placas no aeroporto, que por sinal era muito bem sinalizado. Meu portão era o H e esse tempo acima era o tempo que eu teria que andar, do ponto que eu estava, até o portão. Ainda bem que o meu não era o R ou o U.


Almoço relax, de quem ainda não sabia que ficaria presa em Madri por dois dias.